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Considerado
o símbolo da tecnologia do século XX, o Titanic batia todos os outros grandes
barcos dos anos 20 com seu luxo e estrutura.
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O navio
zarpou com 2.227 pessoas a bordo entre homens, mulheres e crianças, sob o
comando do experiente capitão Edward J. Smith, que realizaria sua última viagem
antes de se reformar. Os passageiros da terceira classe eram, na maioria, imigrantes
que iam para a América em busca de uma chance de trabalho ou fugindo de um
passado difícil em seus países.
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A viagem
transcorreu calma durante os quatro dias. Mesmo recebendo avisos de outros
navios sobre a existência de icebergs pelo caminho, o capitão Smith não se
importou e dizia que o navio era grande demais para ser abatido por um iceberg.
Ao contrário, a embarcação continuou navegando em sua velocidade máxima
(40km/h) porque, além de ser chamado o mais luxuoso e indestrutível navio
existente, os construtores queriam também que ele fosse considerado o mais
rápido. Para tanto, deveria alcançar Nova Iorque em menos de uma semana, tempo
previsto para a chegada.
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Um dos
construtores do Titanic, Thomas Andrews, que estava à bordo, calculou os
estragos causados pelo choque e constatou que o navio tinha duas horas antes de
afundar totalmente. Com a inclinação do navio, todos os compartimentos foram
tomados pela água, tornando o naufrágio uma certeza matemática e inevitável. O
capitão Smith ordenou aos radiotelegrafistas o envio de mensagens de socorro e
iniciou os preparativos para que os passageiros abandonassem o navio nos barcos
de salvamento. Entretanto, haviam apenas 20 botes que, em sua capacidade
máxima, poderiam levar 1.178 pessoas. O número de barcos não foi maior porque
os proprietários julgavam que colocar mais deles comprometeria a beleza e o
conforto do Titanic.
O
desespero de tentar se salvar fez com que os primeiros botes saíssem sem a sua
capacidade total. Ao final, apenas 705 passageiros conseguiram se salvar. Às
2h20 da manhã do dia 15 de abril, o Titanic submergiu completamente. Os
sobreviventes foram resgatados pelo navio Carpathia, da Cunard (que se transformaria
na maior rival da White Star Line e a absorveria, tempos depois).
Como um gigante dos mares, construído com a mais alta tecnologia da época, pôde sucumbir nas águas do Atlântico Norte?
Historiadores tentaram responder a essa pergunta, recuperando os acontecimentos que levaram à tragédia do Titanic. Há diversas justificativas para a catástrofe como as condições desfavoráveis do tempo e os defeitos no design e na construção do navio.
A visibilidade dos icebergs localizados no Atlântico Norte foi prejudicada pelo rigoroso frio do inverno de 1912 e pela calmaria dos mares polares. Além disso, a falha de nenhum vigia possuir binóculos a bordo, a capacidade de a água passar facilmente de um compartimento ao outro - devido à baixa altura das divisões entre eles - e a fragilidade do aço utilizado na construção da estrutura do barco - que era o de mais baixa qualidade da época - facilitaram o choque com o iceberg.
Outros motivos salientados pelos historiadores que facilitaram a ocorrência da tragédia foram o despreparo da tripulação em situações de risco, a falta de testes do navio em sua velocidade máxima (40 km/h) e o fato de os operadores do rádio de transmissão ignorarem os avisos de outros barcos sobre a existência de geleiras no caminho.
A descoberta dos destroços
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O Titanic tem se deteriorado com o passar dos anos - a maior parte da madeira, por exemplo, foi comida por moluscos. Entretanto, para o explorador marinho, as ações do homem têm acelerado ainda mais esse processo. As constantes viagens ao destroços do navio, com equipamentos e plataformas pesados, danificam sua estrutura. Além dos 'caçadores de troféus' que, desde a descoberta do local exato do naufrágio, já retiraram cerca de 6 mil objetos do fundo do mar.
Em 2001, no intuito de diminuir o impacto da ação humana na destruição do Titanic, a agência do governo norte-americano responsável pelo estudo dos oceanos aconselhou que as atividades de visitação e busca na área interagissem o mínimo possível com o navio e os artefatos que afundaram com ele.
Fonte: http://www.titanicsite.kit.net/historia.html
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